O trabalho tem um papel fundamental na vida do indivíduo. Ao longo dos séculos ele foi se transformando.
Saiu de um trabalho artesanal e basicamente rural utilizado no próprio sustento. Transformou em um trabalho de produção em massa, organizado em linha de produção! Se antes ele via o produto de seu trabalho, como um objeto artesanal ou um fruto do seu pomar, com o trabalho em linha de produção ele vê fragmentado, em partes.
Se pesquisarmos o trabalho ao longo dos séculos veremos que a produção começou a se organizar, a empresa passou a alguém a mandar no trabalhador e ele precisou começar a respeitar a hierarquia. Surgiram os encarregados, chefes, gerentes.
Com essa evolução, os trabalhadores começaram a ter maiores cobranças. Cobrança pelos resultados, pela disciplina, pela obediência.
A relação com o trabalho ficou mais complexa. O trabalho evoluiu de braçal para intelectual, passou de uma forma mecânica de realizar a tarefa para forma tecnológica e avançada. Deixou de ser realizado na própria empresa para ser realizado num home office, no nosso escritório, em casa.
No Home Office pode ser executado no cômodo do escritório, no laptop, ou no próprio celular.
A empresa também mudou. Agora pode ser empresa virtual, microempresa, grande empresa ou empresa multinacional.
O trabalhador atual também mudou. Pode ser um empregado, pode ser autônomo/frelancer, pode ser um microempreendedor individual – MEI.
Esse conjunto de transformações no mercado de trabalho, apoiado no avanço tecnológico trouxe novas profissões, modernizou outras e extinguiu várias outras profissões. Atualmente podemos ter entregadores utilizando bicicleta para entregar alimentos acionados por aplicativo, podemos ter motoristas vinculados a aplicativo para atender passageiros que precisam deslocar para várias partes da cidade.
Os escritórios agora podem ser nas nossas casas, num cômodo, numa mesa, ou simplesmente no celular do trabalhador.
Com tanta evolução, o trabalho começou a ocupar cada vez mais espaços da vida pessoal do indivíduo. Está difícil ter equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional. Agora por diversos motivos o indivíduo avança em longas horas dedicadas ao trabalho perdendo horas de sono e convívio social ou familiar, presta serviço em vários trabalhos diferentes, com inúmeros compromissos e responsabilidades.
Tanta pressão está trazendo sérias dificuldades para o indivíduo. Aquele que é assalariado, vinculado em uma empresa, pode ter apoio dela para melhorar sua qualidade de vida. A empresa pode dar condições de descanso, conforto, apoio psicológico, financeiro e de benefícios sociais.
O indivíduo que não está vinculado a uma empresa pode ter um desamparo que pode se agravar ao longo do tempo. A perda da qualidade de vida pode provocar estresse, Bournout, depressão, fobia, pânico entre outras doenças psíquicas oportunistas.
Portanto o mês de janeiro, com a campanha JANEIRO BRANCO pode ser um alerta aos trabalhadores para cuidar de sua saúde mental, cuidar da prevenção de possíveis patologias que podem surgir de um excesso de tempo dedicado a suas obrigações profissionais.
Precisamos perceber que nossa relação com o trabalho precisa ser saudável, precisa ser vantajosa para ambas as partes. Perceber quando está iniciando uma cobrança acima do normal da parte de seus superiores. Ficar atento aos abusos em relação a alguns superiores que praticam assédio moral, que desrespeitam você como pessoa, como alguém que não é máquina, que está sujeito a falhas, que tem limites, que tem família.
Os gestores precisam utilizar mais sua inteligência emocional, desenvolver sua capacidade de relacionamento interpessoal. Ser responsável por pessoas e empresas requer autoconhecimento para também entender seus limites. Muito comum entre gerentes o surgimento do Bournout, desenvolvimento de estresse, e em alguns casos a depressão.
Essas informações também podem ser aplicadas ao profissional liberal. Alguns cuidados para exercer sua profissão: Planejar suas tarefas, organizar seu tempo, controlar suas finanças para não prolongar demais sua jornada de trabalho. Enfim prevenir possíveis problemas ligados a saúde mental.
Portanto todas as partes envolvidas, empresas e empregados, trabalhadores autônomos, microempresários, precisam conscientizar-se de que cuidar da saúde mental trará mais bem-estar, maior qualidade de vida no trabalho, menos afastamentos ocasionados por problemas psíquicos, menor rotatividade, maior satisfação no trabalho.
Aproveite esse mês para pensar nessas questões. Reavalie sua relação com sua profissão, com suas tarefas, com o ambiente de trabalho.
Fico por aqui desejando que você aumente seus cuidados com sua saúde mental, com sua qualidade de vida.
Um forte abraço,
Professor Arnaldo Pereira dos Santos
Psicólogo e Coach
JANEIRO BRANCO – CUIDADOS COM A SAÚDE MENTAL
Janeiro começou com uma importante campanha para alertar e conscientizar o indivíduo sobre a necessidade de manter uma mente saudável!
Chama-se JANEIRO BRANCO – CUIDADOS COM A SAÚDE MENTAL. Essa campanha já está na 5ª Edição e busca mostrar maneiras do indivíduo preservar sua saúde mental, desenvolver comportamentos e atitudes que evitem desgastar-se emocionalmente, ou se estiver passando por um momento de sofrimento psíquico/mental, conheça estratégias ou locais onde possa pedir ajuda especializada.
Sabemos que a sociedade atual, altamente tecnológica, competitiva e individualista, proporciona ao indivíduo dificuldades e problemas que muitas vezes não consegue lidar, não está preparado emocionalmente para suportar.
Pode ser uma pressão no trabalho, a perda do emprego, o rompimento de uma relação, a perda de um ente querido, a mudança de emprego, enfim situações que para muitos são tratadas com equilíbrio emocional, e para outros podem causar um trauma, uma fobia, um surto.
Com a Campanha Janeiro Branco, profissionais e instituições promoverão, ao longo do mês, palestras, publicações de texto e vídeo, atendimentos psicológicos especializados, com a finalidade de alertar sobre a necessidade de manter uma mente saudável e equilibrada.
Como psicólogo acredito que ações como essa são de grande importância para conscientizar à sociedade sobre o grave problema que enfrenta o pais em relação às doenças mentais. São milhões de pessoas que sofrem de alguma doença relacionada a transtornos psiquiátricos, como depressão, ansiedade e Bournout.
Milhares se afastam do trabalho e passam a receber seu benefício de auxílio-doença pela previdência social. Muitas não conseguem ter seu benefício aprovado.
Como vêem é um problema enorme para o cidadão, empresas e governo.
Juntos, participando da campanha, podemos ser mais fortes e aumentar o nível de conscientização que faz muitos indivíduos sofrerem em silêncio.
Acompanhe meu trabalho para aumentar o nível de informação e conhecimento sobre o tema da Campanha!
Arnaldo Pereira dos Santos
Psicologo e Coach
ANSIEDADE E SUA INTERFERÊNCIA NO PROCESSO SELETIVO
Sabemos que nossas emoções podem fazer a diferença em qualquer situação de nossas vidas. É um pouco de adrenalina, um pouco de estresse, um pouco de expectativa, tudo atuando ao mesmo tempo.
Segundo a DSM V – Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais – 5ª Edição – o transtorno de ansiedade é um sentimento desagradável, vago, acompanhado de sensações físicas como palpitações, transpiração, dor de cabeça, falta de ar, desconcentração. Você precisa perceber suas emoções com atenção, suas emoções, você pode não ter esse transtorno, mas sim um episódio de ansiedade ocasionado pela pressão de participar de um processo seletivo.
Diante do enquadramento da DSM V, podemos também afirmar que, antes de ser uma doença emocional, é também um “excesso de pensamento no futuro, pensamos demais nessa ameaça futura”. Esse pensamento fixo no futuro faz com que não se viva o fato presente, o que é prejudicial, e pode ter uma influência, muitas vezes, decisiva no resultado. E nessa condição podemos ter um desempenho ruim no processo seletivo.
Na condição de candidato a uma vaga de emprego precisamos perceber nossas emoções, em especial a ansiedade, e conhecer cada vez mais o que o objetivo dos processos seletivos
No mundo organizacional as empresas têm desenvolvido processos seletivos cada vez mais bem elaborados, compostos de várias fases e que contam com um número expressivo de candidatos por vagas.
Nesses processos seletivos, mais do que avaliar a competência técnica do indivíduo são também avaliadas as competências comportamentais e relacionais, que são influenciadas fortemente pelas emoções.
Cabe ao indivíduo que participará do processo seletivo adotar estratégias que facilitem e elevem seu desempenho e performance durante o período do processo seletivo.
O departamento de recursos humanos está cada vez mais alinhado com a estratégia de negócios da empresa, e seus profissionais de seleção ao buscarem no mercado profissionais para compor seu quadro de pessoal, preparam processos seletivos sob medida para a área requisitante.
Isso envolve etapas com a das provas situacionais, dinâmicas de grupo, testes de perfil comportamental, entrevistas com gestores e exames médicos criteriosos.
O candidato, portanto, deve estar muito bem preparado tecnicamente, conhecer o perfil da empresa que está selecionando novos colaboradores e acima de tudo, preparado emocionalmente.
Conduzi durante minha carreira em recursos humanos, inúmeros processos seletivos, e percebi o quanto a ansiedade sabota excelentes candidatos.
Essa interferência emocional atua desde o nível comportamental, onde o candidato demonstra o comportamento de estar ansioso.
Demonstra ansiedade realizando movimentos como esfregar as mãos, balançar as pernas, olhar seguidas vezes no relógio. Passa pelas respostas que durante as entrevistas, tais como uma falha na lembrança de alguns dados ou fatos perguntados pelo selecionador, interromper ou atrapalhar a finalização de uma frase ou pergunta do selecionador. Aparece ansiedade até mesmo em questões fisiológicas do candidato como a ocorrência de sudorese durante o processo seletivo!
Percebo que essa ansiedade é demonstrada também nas dinâmicas de grupo, onde o candidato com ansiedade acima da média interage com outros candidatos com afobação, baixa escuta nos diálogos e insegurança na execução de tarefas.
O candidato que no processo apresenta esse desempenho sai em evidente desvantagem em relação a seus concorrentes, pois não consegue ter um desempenho de destaque diante dos demais, tem prejudicada sua capacidade técnica por não conseguir ter foco e concentração nas atividades propostas, e por vezes não prospera nas fases avançadas para escolha do candidato que será contratado.
Talvez a pergunta que agora você me faça é, “mas como então posso controlar minha ansiedade, que tanto me atrapalha nos processos seletivos?”. A resposta que você busca é complexa e tem inúmeras variáveis, que podem não ser respondidas nesse post de conscientização desse problema. Mas vai algumas importantes dicas para você buscar aumentar seu controle da ansiedade.
1 – Durma com qualidade e o suficiente para descansar.
2 – Evite chegar atrasado.
3 – Leve um livro de seu agrado para distrair enquanto espera ser chamado.
4 – Desligue o celular.
5 – Encare o processo seletivo como algo natural da vida, como uma conversa com alguém que quer te conhecer melhor e quer ter uma boa conversa contigo.
Faz sentido essas dicas para você?
Espero que você reflita a partir de agora sobre essa questão que é um obstáculo para muitos candidatos se recolocarem no mercado de trabalho.
Quero muito te ajudar, mas gostaria que você me respondesse primeiro a essa pergunta:
Como posso te ajudar a reconhecer esses sentimentos e te orientar a controlá-los no processo seletivo?
Como posso te ajudar a aumentar sua performance num processo seletivo?
Me conte e podemos ter uma boa conversa sobre o tema!!
Um forte abraço.
Arnaldo Pereira dos Santos
Psicólogo e Coach de Carreiras
AUTOCONHECIMENTO – Aumente o conhecimento sobre si mesmo
ENTUSIASMO – Saiba a importância da empolgação
Você conhece pessoas entusiasmadas? Já se perguntou o que elas fazem para ser assim? Quer aumentar seu entusiasmo²
Uma das receitas é fazer as coisas apaixonadamente!
Gostar do que faz! Ver na tarefa, no relacionamento, na atividade, algo que é mais do que uma obrigação!
Eu adoro dar aula, é uma atividade pela qual sou apaixonado e faço com muito prazer.
Várias vezes cheguei cansado, desanimado, esgotado, em razão de um dia intenso de trabalho. Mas quando entro em sala de aula, uma energia tão boa surge diante de mim que passo o conhecimento proposto com uma vontade, uma alegria, que até mesmo os alunos percebem, e ao fim da aula vem conservar comigo, sobre o entusiasmo que transmiti. Por vezes em minhas redes sociais os comentários deles, tempos depois, mostram a gratidão pelo conhecimento, alegria e entusiasmo transmitido nas aulas.
Mas voltemos ao tema que quero compartilhar com vocês, O entusiasmo.
Ele também pode ser aumentado, principalmente após você revisar suas expectativas, seus objetivos. Mas de que forma Arnaldo?
Vendo o mundo de uma outra maneira!!!! Se você não consegue mudar o mundo, mude a sua maneira de enxergar o mundo! Certamente você ficará mais feliz com os resultados que atingiu, viu que deu o máximo e que esse era o resultado possível, apesar de não ser o ideal, o que você desejava, esperava. Não se frustre, não se penalize ou se desvalorize. Simplesmente aceite!
Pense positivamente, veja o obstáculo como uma alavanca. Utilize as pedras que te jogam para construir uma “Catedral”. ouça as críticas como uma forma de se aperfeiçoar, de melhorar a cada dia!
A pessoa entusiasmada tem uma atitude positiva, tem um olhar apaixonado, seus olhar brilha, seu corpo mantem-se ereto e com boa postura.
Seja mais entusiasmado, empolgado, apaixonado pelo que faz!
Eu já sou e estou muito feliz com o resultado!
Quer saber mais sobre entusiasmo, assista meu vídeo clicando aqui
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Arnaldo Santos
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MUDANÇA
MUDANÇA – Obstáculos para a conquista de nossos sonhos
Quais seriam os motivos que levariam as pessoas a resistir às mudanças, a sair da zona de conforto?
Muitas podem ser as respostas.
As forças propulsoras nos levam a querer mudar. Motivação, necessidade, desejo, animação.
Mas as forças restritivas nos freiam nas mudanças e acaba dando medo, angústia, insegurança!
Se partirmos do ponto de vista orgânico esses medos surgem por motivo biológico e natural. Teremos a resposta que o ser humano foi programado para economizar energia, gastar o mínimo necessário para preservar a espécie, pois o alimento era escasso.
Do ponto de vista psicológico observamos que essa questão, essa insegurança estaria ligada ao medo pelo desconhecido, medo de ser julgado e avaliado.
Nesse caso podemos pensar também que o indivíduo está no “seu status quo”, seu “modus operandi”. Tudo está funcionando, as coisas estão bem!!!!!
Vamos ver os 10 motivos que acredito seja muito comum de ocorrer em nossas vidas:
1 – Medo do Desconhecido
2 – Fuga de Energia Vital
3 – Falta de Foco
4 – Dimensionar inadequadamente os recursos
5 – Subestimar os obstáculos da sua trajetória
6 – Alterações Ambientais
7 – Saúde inesperadamente debilitada
8 – Não ser competente
9 – Não prever uma transição
10 – Não se cercar de pessoas que te apoiem em seu objetivo.
Para que mudar então diante de tantos obstáculos, incertezas e dificuldades?
Para que sair de sua “zona de conforto” se o desconhecido é incerto?
Mudar é preciso!!!!!
Quando somos crianças, a fase da adolescência chega e começa a nos transformar!
Tudo na vida é dinâmico!
A água de um rio nunca é a mesma, ela flui e segue seu curso! Quem dela beber nunca beberá da mesma água!
O ciclo de mudança apresentado pela natureza é fantástico e também nos traz lições exemplares!
Portanto, se encararmos a mudança com mais naturalidade e os obstáculos com preparo, engajamento e motivação, sofreríamos menos, teríamos menos desgaste e aproveitaríamos melhor!
Reflita e chegue a suas conclusões!
No mais deixe seus comentários e contribuições!
Arnaldo Pereira dos Santos
Psicólogo e Coach
MUDANÇA – Conheça as resistências que dificultam a mudança
Quais serão os motivos que levam as pessoas a resistir as mudanças? A sair da zona de conforto?
Muitas podem ser as respostas. Se partirmos do ponto de vista orgânico, biológico, teremos a resposta que o ser humano foi programado para economizar energia, gastar o mínimo necessário para preservar a espécie, pois o alimento era escasso.
Do ponto de vista psicológico observamos que a questão estaria ligada ao medo pelo desconhecido, medo de ser julgado e avaliado.
Nesse caso podemos pensar também que o indivíduo está no “seu status quo”, seu “modus operandi”. Tudo está funcionando, as coisas estão bem!!!!! Para que mudar então? Para que sair de sua “zona de conforto” se o desconhecido é incerto?
Mudar é preciso!!!!!
Quando somos crianças, a fase da adolescência chega e começa a nos transformar! Na adolescência, quando chega a fase adulta precisamos incorporar as responsabilidades dessa fase! E quando estamos na fase adulta o envelhecimento é o caminho natural!
Tudo na vida é dinâmico! A frase “a roda gira” nos mostra que tudo está em movimento! O filosofo no traz uma questão reflexiva importante: A água de um rio nunca é a mesma, ela flui e segue seu curso! Quem dela beber nunca beberá da mesma água!
O ciclo de mudança apresentado pela natureza é fantástico e também nos traz lições exemplares!
Portanto, se encarássemos com mais naturalidade a mudança sofreríamos menos, teríamos menos desgaste e aproveitaríamos melhor!
Reflita e chegue a suas conclusões!
No mais deixe seus comentários e contribuições!
Arnaldo Pereira dos Santos
Psicólogo e Coach
O PODER DO NÃO!!!!! COMO ESTABELECER LIMITES NOS RELACIONAMENTOS
Tenho conversado com algumas pessoas sobre a questão da orientação, educação e estabelecimento de limites no outro.
Vejo que esta questão é extremamente polêmica, contraditória e a opinião, o posicionamento, depende muito da geração, da faixa etária de quem está conversando conosco.
Percebo que os mais idosos, que tem muita experiência de vida, dirão, principalmente a seus netos, muito mais “sim” do que “não”! Mas numa análise fria e rápida, no passado, esses mesmos indivíduos impuseram muito mais limites a seus filhos do que nós nos dias atuais impusemos aos nossos!
Nossos pais não nos davam muita liberdade para sair, e quando deixavam sair, tínhamos hora para voltar, para chegar em casa.
Quando queríamos comprar uma roupa, era dito que “não”, sob o argumento “Eu não tenho dinheiro!”
Quando falávamos que queríamos comer determinada comida, por exemplo “um peixe, uma macarronada”, eles nos diziam “Come o que tem, se não quiser ficar com fome!”
Aprendemos a respeitar, a admirar, a entender que a vida não é como queremos, quando temos vontade. Isso nos deu a noção de disciplina, de respeito e também nos ensinou a valorizar o que temos!
A pergunta que fica é porque não conseguimos repassar esse aprendizado a nossos filhos??? Por que não conseguimos vê-los frustrados, decepcionados, desiludidos, e até mesmos tristes, por não terem comprado a roupa que desejavam, o tênis de marca que sonharam, ou mesmo um lanche que tem vontade????????
Por que será que mimamos tanto eles, e alguns na adolescência possuem de tudo, os pais fazem de tudo por eles, e mesmo assim eles querem mais. Isso vale também para a questão de sair com os amigos, não aceitam o não como resposta. Insistem, persistem, teimam que querem passear com os amigos tarde da noite, ignorando o perigo que “a rua oferece!” Querem satisfazer-se independente dos pais ficarem com o “coração na mão”, de não conseguirem pregar os olhos enquanto eles não retornam para casa.
Será que tem relação com aquele dia que você falou:
– Filho, não come doce agora porque vai estragar seus dentes!
E o avo que estava perto falou:
– Mas filho, você está negando um doce para meu neto? Um doce somente não faz mal!
E a criança saiu comendo doce e percebeu que a sua autoridade já num era tão forte assim! Percebeu isso e começou a se aliar aos avós, que tudo permitem, tudo pode! Cabe imaginar que os avós permitem tudo principalmente pelo remorso de não darem tudo que precisávamos, porque eles não tinham dinheiro e tinham que “se virar para criar a gente”!
Mas sempre fica uma pergunta: Será que os avós, ao tirarem a autoridade dos pais, estragaram seus netos?
Será essa a razão da geração atual ser tão sem limites, indisciplinada, volúvel e que não aguenta a frustração provocada por uma simples palavra chamada “NÃO”????
Como administrar a aplicação do não à geração atual é um desafio para país, professores, chefes, enfim a todos envolvidos?
Não tem um “manual de bordo”. O GOOGLE não tem uma definição totalmente clara e aplicável. Dizer sim para tudo, permitir tudo – o tudo pode – tem efeito devastador para essa geração!
Quando passamos essa questão para a vida profissional, o conflito se repete, muitas vezes aumenta, e tem consequências imprevisíveis.
No trabalho, quando chega atrasado, se leva uma bronca do chefe, fica emburrado, mau humorado!
Frequentemente tem um motivo para sair mais cedo do trabalho! Quando o chefe “encrespa com ele”, dificulta ou não autoriza, ele fica desmotivado!
Quando dá uma ideia e a ideia não é aceita pela equipe ou pelo chefe, se sente desvalorizado!
Ou seja, em apenas alguns exemplos cotidianos do ambiente organizacional, onde ouve o NÃO, onde é contrariado, dado o limite, as consequências emocionais ficam visíveis e vão de uma baixa produtividade a até mesmo, um pedido de demissão!
Como o chefe pode lidar melhor com essa questão dos limites dessa atual geração?
Outro campo da vida afetado pela ausência de limites são os relacionamentos! Cada estrago que provoca!!!!!!
Quer ver alguns exemplos?
- O amigo não aceita o local e horário para ir numa balada, num jogo, num passeio, sempre tem conflito, nenhum quer dar o braço a torcer!!!!
- O namorado não tem permissão para sair com seus amigos para um Happy Our!! Brigam, discutem, demoram a chegar um acordo e superar o conflito!
- Como “birra” quem quer sair agora é ela, que diz que vai passear com as amigas, “quer ele autorize ou não”! Mais um confronto, uma queda de força!
Tudo isso acontecendo com a geração atual! E o que devemos fazer? Como devemos nos comportar? Como mediar essas disputas no menor custo emocional possível?
Como mostrar a eles os limites, dizer um não com efeito de sim? Com entendimento, respeito, acato e sem causar tristeza, abalo emocional ou rancor?
Como conviver com a sociedade que tudo permite, que tudo pode? Como contrariar nossas “crianças mimadas?”
Você já pensou em alguma solução? Alguma dica?
Eu pensei em algumas, que passo abaixo para te dar um apoio, um norte ao lidar com essa situação:
- Flexibilidade
- Assertividade
- Resiliência
- Bom senso
- Segurança
- Firmeza
- Meritocracia
- Amor
- Vínculo
- Empatia
Como fazer, como aplicar, qual a melhor maneira ou a pior maneira, a melhor ou pior estratégia para se dizer não?
Esse é um objetivo que você deve perseguir para aprimorar a questão dos limites com seu filho, subordinado, amigo ou pessoas com a qual se relaciona.
O não é uma forma de educar, de estabelecer limites, de ajudar no amadurecimento do indivíduo.
Gostou, aguarde a continuidade desse tema tão desafiador e apaixonante?
Arnaldo Pereira dos Santos
Psicologo
Eu mereço esse presentinho!!!!!! O Papel da autoestima no regime de recompensas do individuo
Vivemos num mundo onde cada vez mais o “ter” prevalece sobre o “ser”!!! O que chamamos de capitalismo selvagem, de “mundo capitalista”.
Muitos são os fatores que podem levar o indivíduo a comprar compulsivamente e gastar além de sua capacidade de pagamento. Mas como psicólogo trabalharei com uma hipótese que leva em conta o condicionamento que tivemos em nossa infância. Trabalharei com o comportamento condicionado pelos pais ou responsáveis de que para instalar um comportamento desejado, a obediência por exemplo, existe a recompensa para o indivíduo, um prêmio, um mimo, uma concessão.
Desde cedo fomos criados com a noção de que só devemos fazer alguma coisa se formos recompensados! Nosso pai pedia:
“Filho vai comprar pão para o papai!!!!” O filho ficava meio resistente, não queria ir, resmungava! E para convencer o “filhinho” a ir até a padaria, o pai soltava a frase que provocava “um convencimento imediato: “Filho, tó o dinheiro, e pode ficar com o troco para comprar umas balas para você!” Palavrinhas mágicas “pode ficar com o troco”.
E assim fomos crescendo, só fazíamos a lição se deixasse jogar videogame, só arrumávamos o quarto de deixasse brincar com nossos amiguinhos, só lavávamos o carro se deixasse dar uma volta no quarteirão! E esse condicionamento de somente fazer algo, se ganhássemos algo em troca nos introduziu numa seara perigosa, a de sermos interesseiros, de sermos mercenários, de só fazermos o que queríamos fazer. Esse condicionamento desenvolvido, esse comportamento aprendido provoca sérias consequências no convívio social!
A vida não é assim! Temos necessariamente que conviver em sociedade! Frequentamos escolas, trabalhamos, participamos de grupos sociais variados. E nossa vontade nem sempre prevalece, muitas vezes não adianta querermos impor, dizermos que só faremos determinada coisa se ganharmos algo em troca. Essa “chantagem emocional” não tem os resultados esperados, quase sempre.
E nesse novo cenário entra em cena a frustração, a decepção, o conflito, as mágoas, o rancor. Começamos a lidar com sentimentos difíceis de digerir, de aceitar. O Reflexo disso é imediato na autoestima, que nada mais é do que a capacidade que o individuo tem de gostar de si mesmo.
O indivíduo, que na infância teve uma criação fundamentada na barganha, onde a família evitou provocar frustrações, evitou contrariar vontades, a formou um indivíduo condicionado a ter o que deseja, com isso sua tolerância a contrariedade ficou baixa, delicada, insuficiente para reagir adequadamente a “esse vazio” provocado pela contrariedade que o ambiente provoca em relação a sua vontade.
Num país como o nosso, onde a mídia cada vez mais incentiva o consumo, torna-se inevitável o individuo utilizar o “dinheiro” como uma forma de compensar suas frustrações.
Se o outro nega o prazer de conceder o que o individuo quer, esse com seu dinheiro passa a se presentear, a conceder a si esse prazer, utilizando da justificativa emocional “eu mereço!”
Então com o dinheiro fruto do seu trabalho ele passa a comprar “o chocolate” porque ele merece, afinal o dinheiro é dele! Passa a comprar “sapatos” pois merece um sapato novo, passa a comer aquele churrasco porque ele merece, independente de causar problemas a saúde, por excesso de sal, por causar problemas de pressão arterial, obesidade entre outros problemas de saúde.
E não para por aí, vez que o mesmo ocorre quando compra o carro sem ter o dinheiro suficiente para pagar a prestação, quando programa a viagem sem o planejamento de onde vai tirar o dinheiro para se manter na viagem, ou como será o pós-viagem, quando o cartão de crédito chegar e o pagamento precisar ser efetuado.
Poucos associam o descontrole financeiro a problemas de autoestima ou de outros distúrbios emocionais, como a compulsão!
A origem dessa questão precisa ser melhor investigada, cada individuo é diferente do outro, as motivações para a compra são as mais variadas possíveis. Mas uma orientação faz-se necessária para o indivíduo desenvolver o controle financeiro, a saúde financeira. Seu comportamento condicionado pode ser um sabotador para a conquista de objetivos, para uma vida melhor. Prevenir esses problemas torna-se emergente!
Os órgãos de proteção ao crédito nunca tiveram tantas pessoas inadimplentes, sem capacidade de honrar seus compromissos. Isso também acaba prejudicando o próprio sistema capitalista, pois trava a roda do consumo, provoca sofrimento, destrói famílias e afeta diretamente a autoestima, que consequentemente pode provocar desmotivação, insatisfação e até mesmo depressão.
O que você achou de abordarmos a relação existente entre a autoestima e o descontrole financeiro, trazendo como origem dessa dificuldade nossa criação, nossa relação inicial ocorrida na infância com o dinheiro, com a recompensa.
Deixe seu comentário, faça sugestões, divulgue o trabalho apresentado.
Um forte abraço,
Arnaldo Pereira dos Santos
Psicólogo e Coach