DICAS PARA DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

Como desenvolver minha carreira profissional?

A carreira profissional não está mais sob a responsabilidade da empresa, onde ela define e investe no futuro de seu colaborador.

Temos que assumir a responsabilidade pelo nosso desenvolvimento, definindo que caminhos queremos seguir na organização.

Não podemos mais depender somente das iniciativas elaboradas pelo departamento de treinamento ou de projetos por elas elaborados.

Precisamos planejar e escolher que estratégia adotaremos para um crescimento contínuo e sustentado da nossa carreira.

Conhecer, compreender e desenvolver nosso potencial e habilidades. Investir nelas.

Infelizmente o tempo em que fazer uma faculdade, realizar os treinamentos e palestras da empresa já era suficiente para construir uma carreira de sucesso já acabou, na maioria das empresas

Por onde olhamos tem tecnologia. Todas as profissões incorporaram a tecnologia.

Estamos na era tecnológica, que transformou grande parte dos empregos.

Temos a inteligência artificial, onde o ChatGPT é a estrela da vez.

Sistemas informatizados cada vez mais eficientes e eficazes, estruturas organizacionais cada vez mais enxutas, formas de trabalho flexíveis e produtivas.

Diante de tantas transformações precisamos assumir nossas escolhas profissionais e dedicar-se cada vez mais ao desenvolvimento profissional.

Essa dedicação será nossa vantagem competitiva, nosso “bilhete azul”, para pertencer a esse mercado de trabalho cada vez mais exigente e com menos oportunidades de trabalho.

Segue algumas dicas que acho importante além do habitual profissionalismo e comprometimento com a empresa:

  • Tenha claro sua proposta de valor.
  • Desenvolva novas habilidades alinhadas ao mercado de trabalho;
  • Construa relacionamentos saudáveis e networking na empresa onde trabalha e com profissionais do segmento onde atue ou deseje atuar;
  • Cuide de sua imagem pessoal e demonstre autoridade na profissão que atue;
  • Atualize-se constantemente, adote o aprendizado contínuo, – lifelong learning em áreas de interesse da sua empresa e de seu interesse profissional e pessoal;
  • Cuide de sua saúde mental, prevenindo estresse e doenças emocionais ligadas ao trabalho. Será sua saúde que o ajudará a realizar todas as outras dicas.

Certamente com essa visão de desenvolvimento profissional você poderá competir de igual para igual com os concorrentes na empresa e no mercado de trabalho.

A área de recursos humanos “vê com bons olhos” profissionais que são responsáveis por suas carreiras e conquistas, que não dependam das iniciativas organizacionais para alavancar suas carreiras.

Afinal empregos não são eternos, mas carreiras sólidas, amparadas em sólido conhecimento e práticas constantemente atualizadas, deixam grandes legados.

Gostou do tema, tem dicas, opiniões e experiências a contribuir com o assunto, deixe nos comentários ou entre em contato comigo nas redes sociais.

Arnaldo Pereira dos Santos

AUTOCUIDADO E PREVENÇÃO DE ANSIEDADE E ESTRESSE

JANEIRO BRANCO
O mês de janeiro foi escolhido como o mês dedicado a Saúde Mental.
Entendemos que não é somente o mês de janeiro que deve ser dedicado ao autocuidado, à prevenção de ansiedade e estresse, ao afastamento de relacionamentos tóxicos e abusivos.
Essa preocupação deve ser constante, pois só conseguimos ser produtivos, motivados e determinados, se nossa saúde mental estiver em dia!

Perceba sinais em você de esgotamento físico e mental, insônia, irritação, dificuldade de relacionamentos pessoais e profissionais.

Anualmente verificamos que os custos de afastamento por saúde mental tem subido, principalmente no pós-pandemia, com a determinação dos empregadores para a volta do trabalho presencial. E não falamos somente do custo financeiro, mas do custo emocional, da sobrecarga nas clínicas, hospitais e postos de atendimentos do SUS.

Sabemos que esse processo de adoecimento deixa cicatrizes, feridas emocionais, que muitos carregam por longos períodos de tempo.

Em razão disso, vale mais a pena prevenir-se, buscar uma vida mais saudável e equilibrado, e em caso de necessidade, buscar a ajuda de profissionais especializados.
Procure informar-se sobre qual a melhor estratégia para você viver melhor consigo mesmo, com seus amigos e familiares e também no seu trabalho. Ter uma saúde mental!
E tenha não só um excelente mês de janeiro, mais um ano inteiro de saúde física e mental.!

Arnaldo Pereira dos Santos
Psicólogo e Professor

Saiba mais sobre o tema assistindo o vídeo sobre controle de ansiedade

Link do vídeo https://youtu.be/B5YveOeEMB0

RELACIONAMENTOS ABUSIVOS – ENTENDA COMO PERCEBER ESSE TIPO DE RELAÇÃO

Relacionamento abusivo - saiba mais

Sabemos que relacionar-se é uma característica humana, essencial para sobrevivência.

Provavelmente não teríamos sobrevivido ao longo do tempo se não tivéssemos essa característica inerente à raça humana.

Somos fisicamente mais frágeis que inúmeras espécies animais.

Se não tivéssemos a união para sobreviver, não chegaríamos até os dias atuais.

O relacionamento evoluiu com a evolução da raça humana.

Nossas primeiras experiências com relacionamentos surgiram no seio da família, passa pelos bancos escolares, solidifica com o trabalho e por aí vai ao longo da vida.

A habilidade de relacionar-se necessita de outra habilidade que desenvolvemos com o tempo, a habilidade da comunicação.

Comunicar-se bem ajuda na construção de relacionamentos.

Na infância, nosso relacionamento com os pais passa pelo aprendizado da comunicação.

Inicialmente é um choro, um sorriso, um grito de dor, tudo para chamar a atenção de quem cuida da gente, seja para alimentar-se, trocas as fraldas, receber carinho.

Esses laços construídos na infância prolongam-se pelo resto da vida.

Vínculo sólido, genuíno que é o alicerce para grande parte dos indivíduos.

Quando chega a fase de frequentar a escola somo submetidos a novas experiências com relacionamentos.

Surgem as figuras dos professores, dos amiguinhos, dos pais dos amiguinhos. Desenvolvemos a partir daí a capacidade do convívio social.

Confrontamos aquilo que nossos pais ensinaram, com o que a sociedade pratica.

E por aí vai até a adolescência, fase em que muitos começam também a trabalhar, fazer estágios, profissionalizar-se para futuramente conseguir o sustento para a geração de novas famílias, novas crianças, que garantirão o ciclo da vida.

Só que nesse meio está a formação da personalidade, do caráter, da ética, das competências do indivíduo.

Começamos a confrontar nossos interesses com outros interesses, começamos a usar do poder, da persuasão, da negociação, da imposição, da política.

Começam aí questões que geram muitos conflitos, muito desgaste, inclusive transtornos de personalidade. Essas interferências na vida cotidiana muitas vezes provocam sofrimento, cicatrizes, sequelas, geram angústias difíceis de solucionar sem uma ajuda especializada.

Na fase familiar é passado o valor de que o ser humano precisa criar sua família, seus filhos, construir um lar ideal, que lhe traga felicidade.

E o ser humano vai em busca desse relacionamento.

Experimenta a convivência a dois, que muito prazer lhe traz.

Porém desse relacionamento também surge dependência emocional, pressão, cobrança, implicância, opressão.

Os tempos atuais, com a pandemia do COVID-19 trouxe muitos sentimentos, um abalo emocional. Perdas medo de adoecer, perda do emprego, endividamento, diferenças de opiniões e de visão de mundo.

Você pode perceber que surgiu um campo fértil para os conflitos nos relacionamentos com agressões físicas e verbais, brigas constantes, discussões e desavenças. A pandemia nos deixou à flor da pele!

Vários fatores podem potencializar os conflitos nos relacionamentos e em consequência estarmos sujeitos aos relacionamentos abusivos.

  1. Personalidade de nossos companheiros, familiares, colegas de trabalho;
  2. Estado Emocional provocado pelo aumento de notícias ruins, insegurança e ansiedade;
  3. Poder e política que as pessoas exercem sobre nós, principalmente em razão da condição financeira, do cargo que ocupa e, também de influência que tem sobre nós.

Normalmente provocada pela parte que tem em suas características de personalidade onde o individualismo, o egoísmo, a agressividade, a sedução, o sentimento de posse sobre o outro prevalece, sem falar do oportunismo em tirar proveito da situação que acarreta uma baia autoestima, pessimismo e falta de esperança.

O relacionamento, que anteriormente tinha como objetivo a felicidade, transforma-se num relacionamento tóxico, perverso, muitas vezes sádico.

Da mesma forma as relações profissionais.

Somos contratados numa empresa para seguir uma carreira, conquistar objetivos e metas, realizar um sonho, ter poder e visibilidade.

Só que outras pessoas também desejam tudo isso.

E a vida profissional vai afunilando os relacionamentos.

Com isso começam as competições, as intrigas, os conflitos, a politicagem!

Tudo para que esse destaque promova alguém, dê os louros da vitória a alguém.

Essas relações profissionais não são muito justas, causam decepções e frustrações. Provocam ira e mágoas.

Os relacionamentos começam a ser desviantes, superficiais, interesseiros.

Começam a surgir questões que no meio organizacional chamam de “puxa-saco”, de “X9”, informantes.

Os relacionamentos já não são mais sinceros, predominam o “toma lá da cá”, “dando que se recebe”, negociações e negociatas.

Surgem os grupinhos do poder, surgem questões ligadas a favorecimento e indicações, tudo predominando à capacidade, desempenho e produtividade.

Toda essa descrição para falar dos relacionamentos abusivos ou tóxicos.

Como falado anteriormente eles aumentaram na pandemia, na crise sanitária e econômica. Fez com que as pessoas deteriorassem seus relacionamentos familiares, profissionais, afetivos de uma maneira assustadora.

Assédio moral, assédio sexual, humilhações, manifestação gratuita de poder são tornadas públicas a cada dia.

Para não falar de agressões físicas que também vieram à tona contra mulheres, LGBT+, crianças, animais, etc…

Temos uma crise de relacionamentos em andamento.

Diferenças de personalidade, irritação, desespero, perda da razão.

Mas essas são as manifestações extremas!

Elas surgem de uma elevação de voz, uma crítica severa, uma piada de mau gosto, um xingamento, um pequeno tapa.

Que é relevado, que é tolerado na esperança de ser um destempero momentâneo, um comentário do tipo “ahh esse é o jeito dele, não liga não, vai passar!!!!!”.

Porém não passa!

O relacionamento abusivo e tóxico é encoberto por nós em razão de sentirmos algo pelo indivíduo. Implicitamente existe uma esperança de melhora. Existe uma dependência que criamos em relação à pessoa tóxica.

Mas porque isso acontece?

Esse envolvimento, essa dependência, essa tolerância!!!

Cada caso é um caso, pode passar pela carência, pode passar pelo estilo de personalidade, pode passar pelas experiências vividas na infância com pais tóxicos!

Mas é preciso um basta, uma atitude de reagir a essa situação, para que nossa saúde física e mental seja restabelecida, retomada, resgatada.

Talvez não exista uma receita, uma fórmula para que essa questão seja de vez resolvida!

Porém é inegável que “amor próprio”, autoestima elevada, reconhecimento do nosso valor e do nosso potencial. O autoconhecimento poderá ser importante para afastar esses relacionamentos tóxicos, abusivos e sufocantes, que tiram nosso brilho e nossa energia.

Nossa percepção aumenta e começa a enxergar que continuar com essas pessoas poderá custar nossa saúde mental, nossa paz e que acaba num trazendo qualquer benefício a nossa pessoa.

Quer aprofundar mais o assunto, acesse o vídeo que preparei sobre o tema https://youtu.be/iZq0ggaYy-o

Espero que o texto tenha trazido uma reflexão sobre o tema, tão importante para nossa sequência de evolução e desenvolvimento físico, emocional e social.

Arnaldo Pereira dos Santos

Psicólogo

SAÚDE MENTAL E A BUSCA DO TRABALHO PELA JUVENTUDE

O trabalho tem papel importante na vida do indivíduo. É por meio dele que as pessoas conquistam seu espaço, seu status social.

Trabalhar significa dar utilidade e valor ao subjetivo do indivíduo.

Desde cedo é incutido na educação da criança a necessidade de escolher uma profissão, uma carreira. Era muito comum os pais e pessoas do convívio da família chegar na criança e perguntar: O que você quer ser quando crescer?

Para muitas famílias a necessidade de se obter o sustento faz com que as crianças interrompam o período da infância, deixem de brincar e de estudar para trabalhar e ajudar no orçamento familiar!

Eu mesmo comecei a trabalhar com 14 anos em um emprego que meu pai me arrumou. Aprendi a ter responsabilidade, comecei numa profissão e dividi meu tempo com a escola, o trabalho e o convívio familiar. Sou muito grato a meu pai por ter me ajudado nessa fase tão importante da vida. Conheci outras pessoas que me incentivavam a aprender cada vez mais a profissão.

Porisso, quando vejo a dificuldade atual que o jovem tem em iniciar sua vida profissional, busco maneiras de ajudar e apoiar.

Quando se chega na fase adulta, o trabalho já está incorporado na vida do jovem, seja como estagiário, jovem aprendiz ou empregado registrado.

Toda essa responsabilidade, que começa cedo para muitos jovens, faz com que exista a necessidade da divisão do foco, do tempo entre estudo e trabalho.

Para outros, apesar da necessidade, a rotina escola/trabalho demora a iniciar, principalmente em razão da falta de oportunidades gerada pelas crises econômicas, e, também pela baixa qualificação.

Toda essa necessidade de ser inserido no mercado de trabalho traz no jovem algumas consequências para o seu psicológico.

A pressão por resultados, a necessidade de ajudar financeiramente os pais, a dupla jornada, a pouca experiência. Esses fatores trazem efeitos colaterais como estresse, angústia, transtorno bipolar. Por vezes trazem também o começo do uso de substâncias lícitas e ilícitas para suportar essa carga emocional, utilizado como uma fuga, como um pedido silencioso de ajuda, de socorro não escutado, não atendido!!!

Cabe às partes envolvidas ajudarem esses jovens. O papel da família, escola, empresa precisa ser de apoio e compreensão, de escuta das necessidades e angústias pelas quais está passando!!!

A família precisa dar o apoio emocional e fraterno durante conversas, desabafos e crises! A escola precisa acompanhar por intermédio do professor, do supervisor de estágio e de setores de apoio psicológico, o processo de ensino aprendizagem. A empresa precisa dar suporte por meio do RH, do gestor e de Coach/Mentor no direcionamento da carreira e ajustes comportamentais ou emocionais.

Com essa “rede” o jovem poderá desempenhar melhor suas tarefas, aprender os processos envolvidos em sua profissão e desenvolver relacionamentos saudáveis e duradouros no ambiente de trabalho. Cabe lembrar que essa proteção ou apoio dará a sustentação e confiança necessárias para o crescimento pessoal, profissional e consequente amadurecimento do jovem profissional.

Tenho visto ao longo de minha carreira talentos desperdiçados por não terem esse apoio, tão necessário nesse momento profissional. Percebi que começaram a se desiludir com a profissão, com a falta de reconhecimento e valorização, bem como da orientação para superar dificuldades e obstáculos próprios da carreira que escolheram. Muitos outros começaram a desenvolver estresse, problemas de relacionamento, envolver-se em conflitos, acabaram desistindo da profissão.

Todos sabemos que a empresa, quando avalia um profissional que não entrega resultados, que começa a ter problemas disciplinares, apresentar desmotivação, acaba por rescindir o contrato.

De volta para o mercado de trabalho, o jovem sem trabalho ou estágio, com contas para pagar, pressionado pelos familiares para encontrar um novo emprego, fica perdido, desanimado, desmotivado. Esse ciclo de baixa, acaba o impedindo de bons resultados em processos seletivos, pois seu desempenho fica comprometido pela baixa autoestima e insegurança, entre outros fatores.

Conscientizar a necessidade da sociedade também apoiar nossos jovens! Alertar sobre o estresse, depressão, ansiedade generalizada, Síndrome de Bournout. Essa conscientização ajudará a todos entender sobre a importância da Saúde Mental!

Certamente teremos um ganho! Penso que a juventude é a certeza da renovação nas empresas, da continuidade da sociedade, de uma nova energia e entusiasmo nos ambientes sociais e profissionais. Todos ganham – jovens, família, escolas, empresas.

No mais fico por aqui, convidando vocês a visitar nossas redes sociais, compartilhar nossos conteúdos e informações, acompanhar meus conteúdos sobre temas ligados a psicologia, coach, empreendedorismo.

Professor Arnaldo Pereira dos Santos

Psicólogo

A rotina profissional na flexibilização da quarentena provocada pela COVID-19

Já escrevi vários artigos sobre a pandemia, o home office, sindrome de burnout, empregabilidade na pandemia. hoje me deu vontade de escrever novamente. Um assunto que tem provocado sentimentos dos mais variados, e que no meu caso, estravasam por meio da escrita, do desabafo!

Nesse momento que escrevo essa postagem, que pode ser muito tempo depois para você que lê, estamos em plena retomada das atividades profissionais, da reabertura de diversos estabelecimentos, em razão da diminuição do número de infectados pela COVID-19 e também número de internações e mortes da cidade de São Paulo.

Confesso que nesses últimos meses tenho ficado muito preocupado com as aglomerações , cada vez mais intensas e constantes.

No feriado de 7 de setembro o que se viu foram estradas cheias, praias lotadas, shopping centers movimentados, bares e lanchonetes com movimento intenso!

Tudo isso contrariando as recomendações dos especialistas, as leis em vigor, os protocolos de distanciamento social e higiene!

Temos visto também discussões sobre a liberação do retorno às aulas, que ainda não foi decidido, ainda depende da evolução determinada pelo governo de estado e prefeitura da cidade de São Paulo.

Descrevo todo esse momento para que tenhamos um contexto desse mês de setembro!

Tenho lido e assistido reportagens sobre a reabertura das atividades em diversos lugares do país! Minha percepção é de que mesmo as autoridades tendo liberado a reabertura de praticamente todas as atividades, a retomada está lenta , e parte da população insegura sobre as condições sanitárias e de segurança.

Está difícil retomar a nossa rotina, voltar ao que era antes da pandemia!

Percebo que essa dificuldade é de muita gente! Vejo parte da população ainda sem as condições financeiras existentes antes da pandemia, e porisso não conseguem ter suas rotinas de volta.

Vale lembrar que desde o início da pandemia, com a edição de leis específicas, diminuição do ritmo da economia, milhões de trabalhadores perderam o emprego, milhões tiveram redução de carga horária e outros milhões, tiveram seu contrato de trabalho suspenso.

Para muitos cidadãos, foi liberado um auxílio emergencial de R$600,00, liberado o FGTS, liberado as parcelas do seguro-desemprego.

Mas pelo que percebo esses auxílios tem sido suficientes somente para garantir a alimentação, pequenas despesas e pagamento de compromissos. Manter o mínimo de sustento das famílias!!!

Mas nada que seja suficiente para movimentar a economia do jeito que era antes.

Que sustentasse o consumo e o comércio, indústria e serviços.

Essa questão precisa ser analisada também na outra ponta, os efeitos dessa crise nunca antes vista.

O empresário, o comerciante, o empreendedor!

Com diminuição de vendas, como o comerciante garantirá o pagamento de salários, impostos, capital de giro?

Sem dinheiro, como a roda da economia vai girar?

Uma possibilidade é o aumento da oferta de crédito, que foi prometida pelo poder público, mas que está demorando para chegar onde precisa, no empresário.

Burocracia, falta de garantias, desinformação!

Tudo está travando a chegada do dinheiro!

Os empresários reclamaram, vamos ver como será o desfecho!

Portanto a pandemia fez estragos dos dois lados empregado e empresa!

E a retomada está sendo um desafio nunca antes registrado em nossa história!

Como retomar a rotina de nossas vidas?

Vejo que não tem receita pronta!

Vejo que experiências anteriores não garantem sucesso nessa nova realidade.

No meu caso o que pretendo adotar em minha rotina:

  • busca pela capacitação, autocuidado;
  • equilíbrio entre saúde física e mental;
  • ficar antenado com os caminhos da economia, da sociedade e do encaminhamento da busca por vacina contra o COVID-19.

E se eu for perguntado sobre o que eu aprendi com a quarentena imposta pela COVID-19 eu direi

  • Valorizar cada dia vivido!
  • Cuidado com a saúde!
  • Aprender uma coisa nova todo dia!
  • Lidar com a tecnologia
  • Não desperdiçar meu tempo!
  • Amar ao próximo acima de todas as coisa!

Talvez quando eu ler novamente essa postagem eu veja o quanto foi difícil superar cada um dos obstáculos que esses pouco mais de 6 meses impuseram em minha rotina de vida!

E ver também que foram utilizados forças, competências e energias que nem sabia que eu tinha!

E você? Como a pandemia afetou sua rotina pessoal e profissional?

Arnaldo Pereira dos Santos

Psicologo

A pandemia do covid-19 e a Síndrome de Burnout

O trabalho pode te adoecer

A decisão de decretar estado de emergência e de colocar o país em quarentena trouxe algo nunca visto nas últimas décadas.

De repente, as empresas avisaram que os profissionais realizariam seus trabalhos sem casa na modalidade “Home Office”. De uma hora para outra suas funções anteriormente exercidas nos escritórios, consultórios e lojas seriam transferidos para suas residências.

A antiga jornada, que iniciava seguindo um ritual de arrumar-se, tomar um rápido café, utilizar transporte público ou carro particular para chegar ao seu trabalho, agora mudou, transformou-se. O trabalho agora, em muitos casos, já começará logo após o despertar do relógio. É só ligar o aparelho celular, e tudo começa!!!!!

Quer dizer, antes tínhamos algo cristalino, certo, repetitivo, que era a nossa rotina!!!! E para muitos essa rotina, que vinha no “modo automático”, estava dando resultados, estava dando certo!!!!!!

Esse cotidiano colocava um claro limite entre o que era estar em casa e o que era ir para o trabalho, desempenhar seu papel profissional.

Nosso cérebro criou esse mapa mental, desenvolveu formas de confortar um possível desgaste, um possível estresse provocado pelo trabalho, pelo excesso de trabalho.

Não era raro “conversarmos com nossos botões” como diziam os antigos, como esse que vos escreve…..he he he!!!!!

-” Estou cansado, num vejo a hora de chegar em casa e tomar um banho”.

Ou também muito comum nosso cérebro alertar:

– “ Não leve problemas do trabalho para casa!! Num te faz bem!!”

A resposta que nosso íntimo, nossa consciência dava era muito clara:

– “Deixa comigo, eu sei separar as coisas! O que é do trabalho fica no trabalho, o que é de casa fica em casa!!!!”

Esse diálogo interno permeava nossa saúde mental, ajudava a criar limites entre o trabalho saudável e o trabalho excessivo que leva a sobrecarga, e te leva a infindáveis horas dedicadas ao trabalho! Não raro te deixando muito cansado, exausto!

Não era raro escutar que alguém do trabalho que levaria tarefas para casa, um relatório por exemplo. Chamávamos essas pessoas de “workhaholic”, dizíamos que elas eram “doidas”.

– O que você vai ganhar com isso!!!!???? Perguntávamos.

Eram tantos argumentos que a pessoa nos apresentava, que acabávamos achando que ela estaria com razão!!!

Pois agora, com a pandemia do covid-19, que deixou tudo de cabeça para baixo! O trabalho invadiu nossos lares!

Arsenais tecnológicos foram trazidos para o aconchego do lar, para darmos conta da rotina antes realizada nas nossas empresas.

O empregador, de uma hora para outra, alugou computadores e impressoras. Comprou cadeira especial, extensão para os equipamentos elétricos, sistemas de comunicação à distância. Passou em grandes papelarias e comprou material de escritório. Enviou o suporte técnico da T I para que tudo ficasse “as mil maravilhas”,  e enfim não deixássemos nada parar.

Nossos filhos, esposa, pais, irmãos ficaram de queixo caído!

Disseram:

– Nossa que legal a sua empresa hein!!!!

Bom meus leitores, ai eu te pergunto:

– Mas e nossa sala, nosso cantinho para conversa???

Talvez suas respostas sejam

– Agora virou home office!!!!

Em casa, minha irmã foi para o quarto dela, assistir novela, enquanto eu trabalho nas minhas atividades! Ahhhh, ela num ficou nada contente!!!

Mas e a rotina da casa?

Como fica?

Você pode estar com esse problema, as crianças estão sem aulas!

Te pergunto:

– Como vamos conseguir conciliar o trabalho com as atividades das crianças? E os afazeres domésticos, que horas serão realizados????

Pois é?

Problemas novos ocasionados pela pandemia!

Nunca pensaríamos que de uma hora para outra nossa rotina seria tão brutalmente mudada, retirada de nós!

Eu Já estou de cabelo em pé só de escrever!!!! He he he….. só para descontrair!!!!

O que fazer, num é?

E eu que pensava que ir para o trabalho era ruim, ficar ouvindo reclamação de meus colegas! Atritos entre chefe e colegas de trabalho!!!!!

Cadê tudo isso? Eu quero de volta!!!!!

Acredito que essa ruptura, mudança abrupta da rotina, somada com a pressão por resultados, o acúmulo de tarefas em razão da diminuição no quadro de funcionários, o medo de perder o emprego pela queda nas vendas, criam em nossas mentes pontos que podem levar a transtornos psiquiátricos, principalmente depressão, fobias e Burnout.

Focarei na Sindrome de Burnout em razão dessa psicopatologia ter sua origem no trabalho, como definiu bem o psiquiatra alemão Herbert J. Freudenberger, na década de 70.

Freudenberger definiu a Síndrome de Burnout como ….”um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional.”

Essa Síndrome tem como sintomas a exaustão extrema, estresse e esgotamento físico ocasionado por situações de trabalhos desgastante, e até mesmo excesso de trabalho.

De acordo com os estudos feitos pelo pesquisador, essa síndrome surge com mais frequência em profissionais da saúde, professores, policiais, bombeiros.

Eu não tenho como afirmar, mas essa mudança no trabalho provocada pela quarentena, pela covid-19 poderá estar desencadeando um número expressivo de casos com sintomas parecidos com o Burnout. Acredito que logo serão publicados  estudos que poderão esclarecer essa questão!

Portanto, cabe esse alerta!

Precisamos desenvolver estratégias para que durante a quarentena do covid-19, não percamos nosso equilíbrio emocional, nossa saúde!

Não existe receita, vez que cada um teve situações diferentes ligadas ao trabalho. Mas em breve farei algumas sugestões, baseada nas orientações de especialistas, e também na minha experiência, convivendo com a nova rotina a qual estou também submetido, no home office, trabalhando em casa!

Acompanhe nosso trabalho nas redes sociais onde continuaremos a debater esse assunto, que afeta diretamente nossas vidas e pode trazer um desequilíbrio, tendo como consequências inúmeros prejuízos aos trabalhadores submetidos a essas condições atuais de trabalho.

Gostou do tema?

Quer deixar um depoimento ou sugestão?

Escreva em um dos canais que já conhece e que utiliza para falar comigo! Responderei o mais rápido possível!

Fico por aqui e te deixo um forte abraço!

Professor Arnaldo Santos

Psicólogo e Coach

O TRABALHO E A SAÚDE MENTAL

O trabalho tem um papel fundamental na vida do indivíduo. Ao longo dos séculos ele foi se transformando.
Saiu de um trabalho artesanal e basicamente rural utilizado no próprio sustento. Transformou em um trabalho de produção em massa, organizado em linha de produção! Se antes ele via o produto de seu trabalho, como um objeto artesanal ou um fruto do seu pomar, com o trabalho em linha de produção ele vê fragmentado, em partes.
Se pesquisarmos o trabalho ao longo dos séculos veremos que a produção começou a se organizar, a empresa passou a alguém a mandar no trabalhador e ele precisou começar a respeitar a hierarquia. Surgiram os encarregados, chefes, gerentes.
Com essa evolução, os trabalhadores começaram a ter maiores cobranças. Cobrança pelos resultados, pela disciplina, pela obediência.
A relação com o trabalho ficou mais complexa. O trabalho evoluiu de braçal para intelectual, passou de uma forma mecânica de realizar a tarefa para forma tecnológica e avançada. Deixou de ser realizado na própria empresa para ser realizado num home office, no nosso escritório, em casa.
No Home Office pode ser executado no cômodo do escritório, no laptop, ou no próprio celular.
A empresa também mudou. Agora pode ser empresa virtual, microempresa, grande empresa ou empresa multinacional.
O trabalhador atual também mudou. Pode ser um empregado, pode ser autônomo/frelancer, pode ser um microempreendedor individual – MEI.
Esse conjunto de transformações no mercado de trabalho, apoiado no avanço tecnológico trouxe novas profissões, modernizou outras e extinguiu várias outras profissões. Atualmente podemos ter entregadores utilizando bicicleta para entregar alimentos acionados por aplicativo, podemos ter motoristas vinculados a aplicativo para atender passageiros que precisam deslocar para várias partes da cidade.
Os escritórios agora podem ser nas nossas casas, num cômodo, numa mesa, ou simplesmente no celular do trabalhador.
Com tanta evolução, o trabalho começou a ocupar cada vez mais espaços da vida pessoal do indivíduo. Está difícil ter equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional. Agora por diversos motivos o indivíduo avança em longas horas dedicadas ao trabalho perdendo horas de sono e convívio social ou familiar, presta serviço em vários trabalhos diferentes, com inúmeros compromissos e responsabilidades.
Tanta pressão está trazendo sérias dificuldades para o indivíduo. Aquele que é assalariado, vinculado em uma empresa, pode ter apoio dela para melhorar sua qualidade de vida. A empresa pode dar condições de descanso, conforto, apoio psicológico, financeiro e de benefícios sociais.
O indivíduo que não está vinculado a uma empresa pode ter um desamparo que pode se agravar ao longo do tempo. A perda da qualidade de vida pode provocar estresse, Bournout, depressão, fobia, pânico entre outras doenças psíquicas oportunistas.
Portanto o mês de janeiro, com a campanha JANEIRO BRANCO pode ser um alerta aos trabalhadores para cuidar de sua saúde mental, cuidar da prevenção de possíveis patologias que podem surgir de um excesso de tempo dedicado a suas obrigações profissionais.
Precisamos perceber que nossa relação com o trabalho precisa ser saudável, precisa ser vantajosa para ambas as partes. Perceber quando está iniciando uma cobrança acima do normal da parte de seus superiores. Ficar atento aos abusos em relação a alguns superiores que praticam assédio moral, que desrespeitam você como pessoa, como alguém que não é máquina, que está sujeito a falhas, que tem limites, que tem família.
Os gestores precisam utilizar mais sua inteligência emocional, desenvolver sua capacidade de relacionamento interpessoal. Ser responsável por pessoas e empresas requer autoconhecimento para também entender seus limites. Muito comum entre gerentes o surgimento do Bournout, desenvolvimento de estresse, e em alguns casos a depressão.
Essas informações também podem ser aplicadas ao profissional liberal. Alguns cuidados para exercer sua profissão: Planejar suas tarefas, organizar seu tempo, controlar suas finanças para não prolongar demais sua jornada de trabalho. Enfim prevenir possíveis problemas ligados a saúde mental.
Portanto todas as partes envolvidas, empresas e empregados, trabalhadores autônomos, microempresários, precisam conscientizar-se de que cuidar da saúde mental trará mais bem-estar, maior qualidade de vida no trabalho, menos afastamentos ocasionados por problemas psíquicos, menor rotatividade, maior satisfação no trabalho.
Aproveite esse mês para pensar nessas questões. Reavalie sua relação com sua profissão, com suas tarefas, com o ambiente de trabalho.
Fico por aqui desejando que você aumente seus cuidados com sua saúde mental, com sua qualidade de vida.
Um forte abraço,
Professor Arnaldo Pereira dos Santos
Psicólogo e Coach