Tenho acompanhado a questão educacional nesse período de retomada das aulas, no pós-pandemia, e muito tem me preocupado a forma de tratamento da educação como um todo.
Acreditava-se que a pandemia seria algo passageiro, com sua resolução em questão de meses.
Já estamos completamos mais de 2 anos desde o surgimento dos primeiros caso da China, e ainda não existe uma solução definitiva.
A própria China vê agora um surto de COVID-19 em algumas de suas grandes cidades. Estão com um programa de tolerância zero para a COVID-19. Ou seja, continua uma incerteza muito grande sobre quais rumos da pandemia.
Em nosso país, vemos a retomada das aulas presencias nas escolas públicas e privadas, após longo período em que as aulas estavam quase que exclusivamente em Aula On Line.
Apesar do Ministro decretar o fim da Emergência Sanitária, os cuidados no pais continuam.
Estudiosos apontam que nesse período em que os alunos ficaram distantes das salas de aula, uma das consequências foi o atraso na aprendizagem.
Os recursos tecnológicos e metodologias de ensino não foram suficientes para garantir o mínimo de aprendizagem do nosso aluno.
Uma das consequências dessa forma de se lecionar com mediação da tecnologia, foi o elevado índice de evasão escolar em nosso pais.
Vários foram os motivos alegados para o abandono das aulas.
Da falta de recursos materiais e técnicos, como uma internet de baixa qualidade, a falta de equipamentos (computadores, celulares, tablets) para assistir as aulas à distância , até questões como baixa compreensão do conteúdo explicado, falta de apoio famíliar, falta de concentração e foco.
Diante desse cenário de reconstrução da educação, como o problema deve ser atacado?
Gestores educacionais, especialistas em psicopedagogia, estudiosos das metodologias educacionais buscam encontrar meios de trazer os alunos de volta para a sala de aula, com motivação, empenho e dedicação.
Não é uma tarefa fácil, requer um esforço de todas as esferas de poder para que a credibilidade no sistema educacional seja resgatada.
Há de se levar em consideração o tempo de aprendizagem de cada aluno, a maneira como eles aprendem, os recursos educacionais disponíveis e a valorização dos professores.
Acredito que nessa heróica tarefa, não pode ser deixado de lado a maneira que o indivíduo assimila o conteúdo exposto, seja ele auditivo, visual ou cinestésico.
Entender essas particularidades auxiliará o educador na elaboração da sua aula, do seu material de apoio e na dinâmica que implementará nas aulas presenciais.
A preparação dessa aula passará pela elaboração do material didático compatível com a turma que lecionará.
Deverá levar em conta que muitos alunos compreendem melhor aulas expositivas com auxílio de podcast, de músicas, de leitura em voz alta, pois são alunos com características auditivas como ponto forte na hora de aprender.
Esse aluno terá no campo auditivo, na trilha auditiva, a compreensão do conteúdo.
Terão lembranças de ítens como a voz, do ruído, o refrão para resolver exercícios que envolvam esse conteúdo ministrado.
Outra parte da aula poderá ser dedicada a ilustrar visualmente o conteúdo exposto, seja em infográficos, seja em mapas ou fotos daquilo que será exposto.
O aluno recorrerá à sua memória visual para se lembrar do que foi exposto, tendo inclusive clareza de aspectos abordados que ser reproduzido em sua mente na forma de um mapa mental, uma trilha lógica construída em seu cérebro para dar significado prático aos que aprendeu.
Por fim a aula poderá ter espaço para atividades práticas a respeito do que foi explicado, para que aqueles alunos que tenham destacada a forma de aprender pelo cinestésico possam ter a visão do todo que foi aprendido.
Problemas, charadas, dinâmicas, feiras, oficinas e outras atividades que possam contemplar o aprendizado cinestésico.
Nessa linha de recuperação do conteúdo defasado, o ideal seria que a aula pudesse mesclar elementos que oferecem oportunidade de aprendizado para as diferentes formas que o aluno pode aprender.
Porém é sabido da limitação de recursos do sistema educacional, e torna-se necessário encontrar uma solução criativa para que esse sonho de recuperação da aprendizagem defasada se torne realidade e nossos alunos possam retomar o curso normal de sua formação, nos diferentes níveis da educação: Fundamental, básica, profissionalizante, sem falar no ensino superior.
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Agradeço ter prestigiado até aqui um tema tão importante como a retomada da educação em nosso país!