Já escrevi vários artigos sobre a pandemia, o home office, sindrome de burnout, empregabilidade na pandemia. hoje me deu vontade de escrever novamente. Um assunto que tem provocado sentimentos dos mais variados, e que no meu caso, estravasam por meio da escrita, do desabafo!
Nesse momento que escrevo essa postagem, que pode ser muito tempo depois para você que lê, estamos em plena retomada das atividades profissionais, da reabertura de diversos estabelecimentos, em razão da diminuição do número de infectados pela COVID-19 e também número de internações e mortes da cidade de São Paulo.
Confesso que nesses últimos meses tenho ficado muito preocupado com as aglomerações , cada vez mais intensas e constantes.
No feriado de 7 de setembro o que se viu foram estradas cheias, praias lotadas, shopping centers movimentados, bares e lanchonetes com movimento intenso!
Tudo isso contrariando as recomendações dos especialistas, as leis em vigor, os protocolos de distanciamento social e higiene!
Temos visto também discussões sobre a liberação do retorno às aulas, que ainda não foi decidido, ainda depende da evolução determinada pelo governo de estado e prefeitura da cidade de São Paulo.
Descrevo todo esse momento para que tenhamos um contexto desse mês de setembro!
Tenho lido e assistido reportagens sobre a reabertura das atividades em diversos lugares do país! Minha percepção é de que mesmo as autoridades tendo liberado a reabertura de praticamente todas as atividades, a retomada está lenta , e parte da população insegura sobre as condições sanitárias e de segurança.
Está difícil retomar a nossa rotina, voltar ao que era antes da pandemia!
Percebo que essa dificuldade é de muita gente! Vejo parte da população ainda sem as condições financeiras existentes antes da pandemia, e porisso não conseguem ter suas rotinas de volta.
Vale lembrar que desde o início da pandemia, com a edição de leis específicas, diminuição do ritmo da economia, milhões de trabalhadores perderam o emprego, milhões tiveram redução de carga horária e outros milhões, tiveram seu contrato de trabalho suspenso.
Para muitos cidadãos, foi liberado um auxílio emergencial de R$600,00, liberado o FGTS, liberado as parcelas do seguro-desemprego.
Mas pelo que percebo esses auxílios tem sido suficientes somente para garantir a alimentação, pequenas despesas e pagamento de compromissos. Manter o mínimo de sustento das famílias!!!
Mas nada que seja suficiente para movimentar a economia do jeito que era antes.
Que sustentasse o consumo e o comércio, indústria e serviços.
Essa questão precisa ser analisada também na outra ponta, os efeitos dessa crise nunca antes vista.
O empresário, o comerciante, o empreendedor!
Com diminuição de vendas, como o comerciante garantirá o pagamento de salários, impostos, capital de giro?
Sem dinheiro, como a roda da economia vai girar?
Uma possibilidade é o aumento da oferta de crédito, que foi prometida pelo poder público, mas que está demorando para chegar onde precisa, no empresário.
Burocracia, falta de garantias, desinformação!
Tudo está travando a chegada do dinheiro!
Os empresários reclamaram, vamos ver como será o desfecho!
Portanto a pandemia fez estragos dos dois lados empregado e empresa!
E a retomada está sendo um desafio nunca antes registrado em nossa história!
Como retomar a rotina de nossas vidas?
Vejo que não tem receita pronta!
Vejo que experiências anteriores não garantem sucesso nessa nova realidade.
No meu caso o que pretendo adotar em minha rotina:
- busca pela capacitação, autocuidado;
- equilíbrio entre saúde física e mental;
- ficar antenado com os caminhos da economia, da sociedade e do encaminhamento da busca por vacina contra o COVID-19.
E se eu for perguntado sobre o que eu aprendi com a quarentena imposta pela COVID-19 eu direi
- Valorizar cada dia vivido!
- Cuidado com a saúde!
- Aprender uma coisa nova todo dia!
- Lidar com a tecnologia
- Não desperdiçar meu tempo!
- Amar ao próximo acima de todas as coisa!
Talvez quando eu ler novamente essa postagem eu veja o quanto foi difícil superar cada um dos obstáculos que esses pouco mais de 6 meses impuseram em minha rotina de vida!
E ver também que foram utilizados forças, competências e energias que nem sabia que eu tinha!
E você? Como a pandemia afetou sua rotina pessoal e profissional?
Arnaldo Pereira dos Santos
Psicologo