SAIBA MAIS SOBRE A TOMADA DE DECISÃO

Você já percebeu quantas decisões nós tomamos por dia?

Você já parou para pensar quantas coisas estão envolvidas numa tomada de uma decisão?

Decidimos sobre qual roupa vestir, o que vamos comprar, que canal assistir, o que vamos comer, qual candidato passará no processo seletivo, só para falar algumas das decisões que tomamos rotineiramente!

Agora com a pandemia do COVID-19, várias decisões que tomávamos antes, tivemos que reformular, e até muitas vezes mudar decisões anteriormente tomadas!!!!

Isso aconteceu com você também?

Mesmo com a pandemia, somos muito cobrados sobre as decisões que tomamos, só que poucos sabem o que nos levou a decidir, como ocorreu processo de tomada das decisões!

Uma decisão, independente se envolve assuntos organizacionais ou pessoais, precisa ser muito bem analisada, bem avaliada.

Realizei uma pesquisa para elaborar esse post e em várias fontes pesquisadas foi abordado que durante uma tomada de decisões, vários processos mentais estão envolvidos, atuando de forma decisiva para que a melhor decisão possível seja tomada. Isso tudo em fração de segundos!!!!

Na pesquisa realizada busquei informações na Neurologia! A neurologia mostra que nosso cérebro, com seus sistemas complexos, comandam o processo decisório, trabalhando aspectos racionais, e, também emocionais.

O cérebro possui estruturas próprias que podem entrar em conflito na hora da decisão. Isso torna a decisão mais difícil, aumenta o gasto de energia para decidir!

Nosso cérebro durante a tomada de decisão envia diversos comandos que precisam ser entendidos e respeitados. O lado racional, trabalha com dados, informações, cenários. O lado emocional com o prazer! Por isso uma decisão tomada pode levar ao indivíduo satisfação, alegria e euforia. Ou provocar arrependimento, frustração ou decepções caso seja criticada, julgada, ter uma avaliação ruim.

Um exemplo do dia a dia:

– O jogador que bate o pênalti e marca um gol, fica eufórico com a decisão tomada e a consequência positiva dessa decisão. O goleiro, que ao imaginar como defender o pênalti, fica indeciso sobre que lado cair, fica frustrado por na última hora mudar o lado para tentar defender o pênalti. Fica se culpando – “Mas eu ia cair no lado direito! Porque eu mudei de lado??????? Ele não defendeu o pênalti por uma decisão errada que tomou! E precisa se responsabilizar por essa decisão! Só não deve se achar o pior dos goleiros por causa disso!!!! Percebe que ao se culpar ele também está utilizando a emoção!

Existem também as decisões por impulso! Nesse tipo de decisão nosso cérebro primitivo, também chamado de Cérebro Reptiliano, aciona comandos defesa, proteção! Numa noite o indivíduo percebe outro vindo em sua direção e esse com medo de ser assaltado, grita de medo! Essa decisão tomada instintivamente, em fração de segundos, foi para defender-se, acionada pelo Cérebro Reptiliano.

Já em condições normais para a tomada de decisão, o indivíduo utiliza o livre arbítrio para decidir! Muitas vezes essas decisões podem demorar, pois os comandos adequados não dão sinal verde para uma decisão ser tomada.

Podemos estar procrastinando, não utilizando o senso de urgência, ficamos na expectativa de informações de melhor qualidade, argumentos convincentes e busca por uma lógica confiável para decidir! Essa questão tem relação com a condição para decidir, que não é perfeita!

Vale lembrar que nosso sistema neurológico emprega expressiva quantidade de energia para que uma decisão seja tomada justamente buscando essa tal perfeição, que na prática não existe.

Essa questão da energia pode ser melhor entendida quando realizamos uma simples tarefa de ir ao mercado, com nossa lista de compras!

Quando determinado item da compra possui 4, 5 ou 6 concorrentes para o mesmo tipo de produto, de diferentes preços e tamanhos!!

Gastamos energia para reunir informações para decidir qual marca comprar. E você pode perceber, ao final dessa tarefa, sentimos sintomas de estresse, de um certo esgotamento mental. Esse processo ocorreu em razão da elevada energia gasta para decidir qual produto comprar.

Agora, se para um item de compra já temos esse desgaste, imagina para uma decisão onde o número de variáveis é maior, a complexidade de informações é mais profunda.

Quando vamos tomar decisões, precisamos ter alguns cuidados preliminares, para que a decisão tomada beneficie a você, sua família, sua empresa.

O contexto requer que você conheça a maior parte das consequências que essa decisão vai te trazer.

Voltando à escolha do produto. Se você escolheu comprar um item em um determinado mercado, e ao chegar em seu condomínio, conversando com seu amigo, você fica sabendo que esse mesmo item em outro mercado estava 20% mais barato, você pode, de uma hora para outra, achar que tomou uma péssima decisão de compra!

É um sentimento de culpa, uma decepção que toma conta. Por essa razão um planejamento do processo decisório é muito adequado, eu diria essencial.

Existem inúmeras ferramentas de apoio para um processo decisório. Uma que acho bacana e que você pode pesquisar é o Mapa Mental!

Nele você reúne as informações relevantes, traça cenários, prevê consequências.

Aprofunda criando um plano de contingência para eventuais emergências e também exercita probabilidades para as consequências de sua decisão. Esse cuidado pode aumentar a segurança em relação à decisão que será tomada.

Espero ter aumentado seu conhecimento sobre o assunto ajudado a você se interessar sobre o assunto e buscar outras fontes de pesquisa, para um tema de especial relevância nessa pandemia da COVID-19, que elevou muito o nível de incerteza sobre nossas vidas.

Essas incertezas estão impactando nossos empregos, nossas carreiras, nossa saúde, nosso convívio familiar. Decisões que antes eram tomadas com uma chance maior de êxito, atualmente necessitam de muita reflexão, temperança e resiliência!

Gostaria de trocar algumas ideias sobre o tema, relatar algum caso, sugerir outros assuntos? Deixe seus comentários!

Arnaldo Pereira dos Santos

Psicólogo